08/04/2009

O jornalismo e as necessidades do conhecimento

O que é conhecimento na sociedade atual? Tendo isso em mente, devemos esclarecer que o conhecimento se dá através de um conjunto de informações absorvidas pelo seu receptor, e este julgará, mais tarde, se aquelas informações vão de acordo com sua “própria opinião”, ou valores.
O receptor irá refletir sobre as informações e filtrá-las. A partir disso, vemos que o conhecimento leva o indivíduo a romper o seu senso comum, uma vez que ele recebe informações imparciais.

Portanto, o jornalismo contemporâneo é capaz de atender às necessidades de conhecimento da sociedade pós-moderna?
Se tratarmos a informação como forma de conhecimento, não, o jornalismo não atende às necessidades de conhecimento da sociedade atual e sim à necessidade de informações; porque, como já citamos no parágrafo anterior, o conhecimento leva o receptor de informação a se questionar, a se posicionar perante assuntos polêmicos e quebrar seu status quo.
Porém, a informação nem sempre vem de forma imparcial ou neutra, fazendo com que o receptor seja uma mera cópia de opiniões de autoridades públicas ou privadas que são divulgadas nos meios de comunicação de massa e por isso não pensa, não gera conhecimentos.

Se olharmos o jornalismo contemporâneo como forma de obtenção de informações, aí sim seria válida a ideia de que aquele responde às necessidades deste na sociedade.
Hoje, vivemos em uma cultura superficial, de velocidade de comunicação devido aos meios online desenvolvidos ao longo dos séc. XIX e XX e esses dois fatores exigem dos meios de comunicação uma produção exageradamente rápida, gerando assim informações superficiais.

Para que isso seja revertido, é preciso pensar no jornalismo do ponto de vista de James Mills que diz que a imprensa deve ser a “agitadora” da população; podemos ver isso no trecho em que o autor diz “O povo, para estar no seu melhor estado, deveria parecer pronto e impaciente para entrar em ação (...)
A imprensa, que é o nosso único instrumento, tem neste momento a efetuar a mais delicada e exaltante função que algum poder teve até agora que desempenhar neste país”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário